Uma viagem especial

Essa minha ultima estada em Brumado/Rio de Contas, foi para mim, muito enriquecedora, além de relaxante e prazerosa. Tive oportunidade de rever e abraçar alguns amigos e parentes muito queridos, senti o calor do sol ardendo na pele, enquanto o suor descia e me trazendo de volta a infância e adolescência enquanto por lá vivi. Ganhei presentes inestimáveis. O primeiro deles foi à companhia da minha prima e irmã Nide e Raimundo. Depois a minha comadre Suely que a todo instante me perguntava: aonde vamos agora? Acabamos parando na porta da “Oficina” de José Walter, que para mim, nada mais é que um belo ACERVO LITERÁRIO PARTICULAR fiquei encantada, e morri de vontade de me sentar à sua mesa e passar horas a fio manuseando seus livros e ouvindo seus causos. Sai de lá toda feliz e cheia de Vídeos e Cordéis que ele me deu de presente, além de um bom papo e estórias que ele mesmo me contou. Ganhei também de presente da minha amiga Acácia Gondim, o tão desejado e esperado livro “Uma Comunidade Rural no Brasil Antigo” de autoria de Lycurgo de Santos Filho, um relançamento da Prefeitura de Brumado, sobe os olhos de Jose Walter Pires. Em outro momento, já Rio de Contas, minha terra, pude desfrutar do friozinho dos gerais, vendo as folhas das mangueiras e pequizeiros balançarem no sitio do Bonito na casa de Raquel, filha de Maria cantora. Em Rio de Contas voltei a ser criança, sob os mimos de Lindalva, (o meu sonho é tirar uma foto com ela, coisa que nunca consegui), pois essa basta eu imaginar o que gosto e quero e o meu desejo já estava realizado, não me deixou um só instante, tamanha sua lealdade. Nos finais de tarde ia com Marco meu marido me sentar à sombra na porta da casa de Fernando, (Pouso dos Creoulos) bater papo e ver o tempo passar ao som dos sorrisos e causos da minha querida prima Lú. Fechei a viagem com chave de ouro, passando três dias em Condeuba em casa de minha prima Poly e Clésio, onde a minha Nide antecipou a festa do seu aniversário, só porque eu ia está presente! Foram 40 dias maravilhosos que vivi, não fosse à saudade que senti dos meus filhos e netos, pois esses, por forças das circunstâncias não estavam por perto. Mas espero em breve reviver tudo isso e me sentir completa tendo-os juntinho à mim. Com tantas coisas boas que me aconteceram, estou suprida e transbordando amor, lealdade, felicidade, carinho, atenção, dedicação e todos os advérbios terminados em ÃO. Cada dia entendo mais o que minha mãe costumava dizer “Aqui em nossa terra existimos, lá fora, somos apenas mais um na multidão” Obrigada, meus primos, meus amigos meu povo e minha gente, nada melhor que termos raízes fixadas em chão profundo e podermos voltar a elas de peito aberto, sem reservas, sem medidas e sem limites!