quarta-feira, 17 de abril de 2013

A Cobrista

Esse final de semana, meu filho e minha nora viajaram, sozinhos e as crianças ficaram. Foi à conta pra eu rouba-las por algumas horas em minha casa, pois na verdade os premiados em tomar conta das mesmas foram os avós maternos. Como todos sabem... Essa é uma das vantagens de casarmos uma filha mulher, não é verdade? Normal. Corri na livraria e fui comprar um livro novo para eles: Encontrei o primeiro numero da coleção “ABC... Meus primeiros passos na literatura e na aprendizagem”.Titulo “A de anaconda” Arrumei o cantinho preferido por eles, que é sempre encima da minha cama, colocando, papel, livro, lápis de cor e todas as tranqueiras que precisaríamos para começar a nossa brincadeira. Fui busca-los. Já na chegada tiraram a roupa e os sapatos e eu logo fiz o convite: Quem quer ver o livro novo que a vovó comprou? Os dois saíram correndo para meu quarto e tcbum encima da minha cama! Alicia se apossou dos lápis de cor e do papel,Carlito segurou o livro e começou a folhear, em seguida os primeiros rabiscos com lápis de cor. Alicia por sua vez com toda sua criatividade tratou de mudar o nome da historinha do livro que:ao invés de ser o original “A de anaconda” para “A COBRISTA” Só não me perguntem em que dicionário ele arranjou essa palavre! Depois de algum tempo pulou de cima da cama com toda energia e disse: “agora vovó vai começar meu show da minha banda de rock”(não sabia dessa sua tendência,confesso que preferia MPB) e como se tocasse guitarra (só servia guitarra) com a mão esquerda (pois ela é canhota) abria as perninhas,curvou os joelhos e mandou vê... Inventou a musica de improviso,que descrevia uma possível queda e o seu joelho machucado. Por ai embarcamos nesta viajem. E tivemos um sábado maravilhoso. No domingo pela manhã fui busca-la novamente, dessa vez só viria ela, pois Carlito ficaria com os avós maternos. Contudo a brincadeira foi outra, ela pegou o telefone de casa, me deu o nome de Mariza dizendo que eu era sua amiga e me telefonava... Eu tinha que ficar na cozinha e responde-la de lá. Batemos altos papos. Depois me convidou para uma viagem de avião, fui logo providenciar uma conta de telefone para comprovar residência e podermos assim comprar as nossas passagens. Iniciamos rumo a Espanha(terra do seu avó materno, destino sugerido por ela)depois Recife(terra do avó paterno)e por ultimo Aracajú(onde seu pai trabalha atualmente) Já no avião (que era o sofá da minha sala) Era um tal de tire o cinto e coloque o cintos... E eu dizia: Ai meu Deus quanta turbulência... cuidado!.... não pode tirar os cintos agora. Isso já passava da hora do almoço onde eu morrendo de sono dizia: Coloque o cinto e vamos cochilar um pouco... Ela respondia tá certo vovó... Quando o piloto chegar lhe acordo. Só que o danado do piloto chegava de minuto em minuto e assim a tarde terminou, deixando-me na saudade e vontade de outras e outras tardes como aquela!

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