quinta-feira, 8 de maio de 2014

Netos em casa

Não existe nada melhor que receber os netos em um final de tarde de um domingo qualquer. Uma chega com um quadro novo que ela mesma pintou para pendurar na parede e o avô apesar da indagação da sua mãe -Mas você vai furar a parede? Não se faz de rogado e atende ao pedido da neta enquanto o outro estica o braço da vó e diz: Vó vem, quero ir pra sua cozinha, comer meu queijinho e toma meu suquinho de uva. Dai em diante tudo vira festa. Um corre pra lá outro corre pra cá Inventa entrar no guarda roupa da tia pra brincar de esconde esconde e vó claro, embarca nesta viagem. Porém não, antes de propor o seu acordo. -Já sei, vamos brincar de João e Maria, eu sou a “boadastra” (pra não dizer madastra) e vocês os netinhos. -Vocês entram no guarda roupa e me mostram o dedinho, o dedinho de quem já estiver mais gordinho sai e dá lugar ao outro tá certo? Logo concordaram. Essa foi a formula mágica que encontrei para evitar desavença quanto ao objeto de desejo (está dentro do guarda roupa) Que Já estava virando problemas Pacto aceito de cara e lá vamos nós Era um tal de abre porta e fecha porta, mostre o dedinho. Ainda está magrinho, já esta gordinho, um entra o outro sai Muita risada, muito suor, correria e assim ficamos por um bom tempo. Depois de cansados dessa brincadeira, fomos para o “cavalgê” (nome e brincadeira inventados por minha neta) o nome certo nada mais é que cavalgada. Desta vez ficamos os três sentados na cama no upa upa como se andando a cavalo enquanto ela está com a alça de uma bolsa na mãozinha, jogando o laço e fazendo de contas serem a rédea de um cavalo... E lá íamos nós no maior embalo, havíamos acabado de começar. Quando de repente aparecem a nossa frente seus pais pra bagunçar com nossa farra e dizem: -Pronto, acabou, tá na hora de ir pra casa, calcem os sapatos, vistam suas roupas que hoje o banho não será aqui. Depois dessa imagine o bafafá... Foram tantos ah não, poxa, agora não, diziam eles. Mas não teve jeito nem apelo certo e logo a brincadeira acabou. As portas do guarda roupa se fecharam A alça voltou para a bolsa O cavalgê terminou A vovó deixou de ser “boadrasta” E os dois obedeceram a papai e mamãe Indo embora, mas prometendo voltar e esperando pela próxima e que essa próxima esteja bem próxima para que outras e outras brincadeiras mais e mais vezes possam acontecer. “Entrou pelo pé do Pato e saiu pelo pé do Pinto Os donos do CALVAGÊ disserem que é para contar mais cinco”

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