domingo, 22 de agosto de 2010

SOLIDÃO A DOIS



Hoje cedo,navegando na internet,encontrei esse texto  de autoria de  Fernando Puga,no site Bolsademulher ,acredito,que este assunto interessa muita gente,por isto trouxe aqui,e quero dividir com todos vocês


No apartamento, cada um no seu canto. Não há diálogo, não há entendimento, não há carinho. Apenas a ilusão de um relacionamento que, na realidade, já está falido, acabado. A solidão a dois é, muitas vezes, mais dolorosa que a solidão desacompanhada. Isso porque ela vem sempre carregada de mágoas e decepções que nutrem o monstro da desilusão, criando um desarmônico e doentio laço, que aprisiona o pseudo-casal.

Casada há 14 anos, a jornalista J. P., 38, garante que vive um inferno dentro de casa. Ela não sabe precisar ao certo quando o relacionamento faliu, mas consegue enumerar algumas razões. "É basicamente um acúmulo de coisas. Falta de paciência, intolerância, egoísmo e acho que até um excesso de idealização. Porque fomos varrendo os problemas para baixo do tapete, nos negando a enxergá-los e isso foi roendo o casamento. Reconheço meu erro e os dele também", conta ela. "Agora, por exemplo, estou aqui dando meu depoimento para você e ele está lá na sala vendo televisão. Quando cheguei do trabalho hoje, nem nos falamos. Ele ficou imóvel no sofá e eu vim direto para o quarto. A casa fica praticamente dividida em duas áreas e a gente mal se cruza", revela.
J. P. garante que a cada dia que passa, a vida conjugal fica pior. Ela compara o problema a um bolo, cujo fermento são exatamente as mágoas e decepções. "Conversar vai ficando cada vez mais impossível. Qualquer assunto que eu comece, pode ser o mais ameno como a comida do jantar, acaba em briga. Imagine quando eu introduzir algo sobre nós", lamenta. No entanto, as dificuldades precisam ser superadas e tomar uma atitude vai ficando cada vez mais urgente. "Na primeira oportunidade, eu pulo fora", ainda espera a jornalista.
“ Quem vive um drama desses na vida sempre reconhece, quando o problema já é fato, que já havia algo de errado desde muito tempo e esses indícios foram desprezados.”
Relacionamentos que agonizam desse mal são extremamente comuns, segundo a terapeuta de casais Margareth Labate. Ela confirma que o problema nasce devagarzinho, bem debaixo dos olhos vendados do casal. "Existe um desprezo muito grande pela intuição. Quem vive um drama desses na vida reconhece, quando o problema é fato, que já havia algo de errado desde muito tempo e esses indícios foram desprezados. É muito importante identificá-los e solucioná-los quando ainda são incipientes. É justamente o acúmulo de feridas que mina a saúde de um relacionamento", comenta.
Eu queria ter uma bomba
A psicóloga reforça que sentimentos como ansiedade, rejeição, desprezo e desejo de fuga não devem ser, de maneira nenhuma, negados. "De fato, para muitas pessoas, é muito difícil reconhecer defeitos no seu projeto afetivo que, quase sempre, nasce envolvido por uma promessa de perfeição e eternidade. Mas certas barreiras anunciam um novo caminho de evolução para uma relação e é aí mesmo que está a solução para uma queixa comum nesse quadro que é a rotina, a falta de novidade. São dessas mudanças que um casamento se nutre", considera.

Um comentário:

Geisa Machado disse...

Oi Liz!
Muito bom este texto! Realmente as relações estão cada vez mais complicadas. Eu também sou terapeuta de casais e o desencontro entre os conjuges é cada vez maior. Muitas vezes as pessoas ficam juntas por medo da solidão e não percebem que continuam sozinhas. Pra mim, um dos erros é tentar "superar" as dificuldades. As dificuldades têm que ser enfrentadas, para depois serem superadas. No pensamento único de se superar algo corre-se o risco da pessoa ficar esperando que as coisas melhorem com o passar do tempo e não se esforçam pra resolvê-las.
Querida, obrigada pela sua preocupação de querer saber porque ando sumida. Mulher, há mais de um mês a minha vida está um transtorno. Primeiro foi o tempo que estava escasso e quase não dava pra eu entrar no blog. Na sequência o meu PC deu problema e eu não conseguia entrar na Internet. Tive que esperar que um amigo pudesse me ajudar (só a semana passada ele consertou). Aí, na semana passada virei meu pé e quebrei meu tornozelo. Estou com tala sem poder por o pé no chão. Tenho entrado pouco no computador por que a posição é muito incõmoda e na maioria do tempo fico deitada com o pé pra cima. É mole ou quer mais? rsrsrsrs
Mesmo aparecendo pouco por aqui não me esqueci de vc e gosto muito da sua amizade.
Tenha uma excelente semana!
Bjussss